Histórico: Primeiro ciclo /Aldeia Arawikay (2000 a 2007)


1994
As primeiras intuições sobre uma vida aldeana vieram num primeiro início de seis anos de busca pela terra.

Momentos destacados:

2000 -2002
Aldeia Arawikay nasce como projeto implantado com as primeiras atividades no vale do Alto Rio Farias, floresta, serra e campo agrícola da cidade de Antonio Carlos, Santa Catarina – Brasil .

As quase 14 hectares de terra tinham como destino se tornarem um gradativo assentamento humano eco-cultural, como projeto de vida a partir do enraizamento nas terras de dois residentes professores no primeiro ciclo; a implantação gradativa de sistemas agroecológicos de cultivos e preservação (pequena escala- agricultura familiar) e uma metodologia orgânica para receber participantes de curto período em ações e costumes de convivência comunitária (como algumas atuais ecovilas no mundo) afinada à preservação e agroecologia.

Fazendo uma recriação de métodos ou costumes ecológico-comunitários durante os anos vai se instalando uma egrégora de espírito e dinâmica comunitária entre peregrinos e a pequena equipe residente. Através desta aprendizagem os peregrinos têm um impulso para as próprias iniciativas, profissões e habitat.
Esta etapa caracterizou- se pela reforma do Casarão Comunitário, do Engenho de melado, da Casinha de antigos colonos agricultores (chamada Casa Inquieta) e pela nova construção do Salão das Celebrações na colina.

Iniciaram-se os primeiros cuidados para a recuperação das florestas, melhoramento da terra para cultivos, diminuição da área de pastos, reconhecimento de áreas, contato com espécies animais e aproximação à vizinhança agricultora.

A Aldeia Arawikay torna-se um projeto pioneiro na região e em Santa Catarina como primeiro sitio rural com experiências eco- culturais em modalidades de oficinas, cursos, convivências, mutirões, celebrações, lazer, produção artesanal, agricultura orgânica (esta em pequena escala), adotando princípios de permacultura, métodos de Perelandra, orientação pela Antroposofia, experiências comunitárias realizadas com profundidade em outros locais e grupos, percepção gestáltica e percepção artística do cotidiano, atividade de vínculos com diversas redes e instituições e em constante intercâmbio.

2003
Residente da Aldeia Arawikay participa da criação da Rede de Ecovilas do Brasil, no seu primeiro encontro em Florianópolis, participando da criação da missão, visão, e estratégias da mesma. Esta rede estava vinculada a Rede de Ecovilas das Américas (ENA –Brasil).

A equipe aldeana estende o diálogo entre outros núcleos, indivíduos e comunidades interessadas no tema e assim é visitada por indivíduos e grupos engajados no processo de pensar e instrumentar atividades para outros novos assentamentos ou ações eco- sustentáveis.

Passa a tornar-se uma iniciativa livre e possível, mesmo ainda no início e com todos os desafios naturais de qualquer pioneirismo (estabilidade financeira, excesso de trabalho, vínculos com a cultura da vizinhança, o desconhecimento dos ritmos da natureza, pouca facilidade de divulgação por falta de meios telefônicos na época, etc).

2004
A Aldeia Arawikay começou a interagir dentro e fora do sitio no que se refere à produção agrícola orgânica, construindo coletivamente práticas ambientais para a produção agro-ecológica familiar dentro da Rede Ecovida da qual faz parte .
Parte da equipe certifica-se em técnicas agroecológicas e estudos relativos.

2005
Aumento gradativo no recebimento de grupos e indivíduos e implantação de grupos:
Alguns foram ricos e harmoniosos e outros com riqueza pelo desafio.

Entre eles:
- Grupos de mutirões para ações dentro e fora da Aldeia.
- Círculo de Guardiões de Arawikay (residentes no centro urbano).
- Voluntários, amigos, familiares, participantes de vivencias e revitalizações.

Participantes engajados na proposta deixando e levando especial aprendizagem:

- Peregrinos brasileiros e estrangeiros, entre jovens e adultos, com participação temporária individual (eco- praticantes)
- Participantes de programas de Revitalização num mergulho dos cuidados de si dentro da saúde natural.
- Grupos de estudos; visita de escolas com programação; visita temática para grupos de agricultoras; produção artesanal com agricultoras (dentro e fora do local) e grupos ou pessoas dedicadas à educação na alimentação natural.
- Visita de integrantes de ongs; apoio de técnicos especializados; ecologistas praticantes; visita de palestrantes; momentos com amigos e familiares (estes inseridos parcialmente na proposta); visita de profissionais; visita de entidades e parcerias.
- Participante de cursos vivenciais eco- culturais criados ou inseridos dentro dos projetos de Aldeia Arawikay .Alguns destes eventos são implementados em instituições, eventos ou grupos privados.

Entre eles:

Eco-práticas
Arte Orgânica
Jogo da Transformação
Versão Ecológica
Revitalizações
6 modalidades
Celebração da Terra
Retiros
Convivências
temáticas
Horto Arawikay
Musicoterapia Orgânica
Jornada Natalina
Ano Novo
Cânticos do Mundo
Dança Orgânica
Dança Circular


- “Grupo Mirim” Visitas de escolas ao campo ARAWIKAY
- Convivências com articuladores ou interessados em processos de ecovilas, grupos de cooperação, agroecologia.
- Visita espontânea de vizinhos agricultores com curiosidade em conhecimento das propriedades de plantas medicinais. Conversas sobre o saber popular.


OBS :Os “neo-rurais” distribuídos pelo país despertaram e despertam ainda hoje a curiosidade de alguns jornalistas e acadêmicos, com a permanente pergunta sobre os novos caminhos que procuram cidadãos urbanos em novas formas de assentamento rural sustentável. A partir desta procura aqui na sede os residentes da Aldeia começaram a elaborar os conceitos de “Eco-cultura” a modo de veicular a atenção e entusiasmar a uma renovação ativa da cultura que nos rodeia de forma ecológica, seja nos centros urbanos ou rurais e a partir da procura pelo natural em qualquer profissão, área, emprego, etc.
Os cursos eco- culturais da Aldeia Arawikay começam a ser elaborados neste ano de 2004.


2006
Em Antonio Carlos - SC, Brasil:
Residentes da Aldeia Arawikay recebem o premio “Amigos do Meio Ambiente” pela instalação do projeto modelo e pioneiro desde 2003 do sistema de tratamento de águas com zona de raízes (junco), cuja estimativa de duração é de 40 anos e de eficiência é de 99% de limpeza na saída da água.

A Aldeia Arawikay começa a participar ativamente dos Fóruns e Feiras Regionais e Estaduais de Economia Solidária procurando reafirmar os valores que lhes são afins e participando na sociedade, refletindo o referente a comércio justo, troca saudável, produtos criados ecologicamente e consumo ético.

2007
A Aldeia Arawikay é mapeada como “empreendimento autogestionário informal” no programa da Secretaria Nacional de Economia Solidária - SENAES, vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego.
A iniciativa da Aldeia Arawikay visa um sistema processual e não a definição de uma filosofia ou organização formalizada definida.
Neste ano nasce entre os projetos de Aldeia Arawikay o “Caminho da Palha” a partir da procura da criação de um artesanato sustentável que difunda os conceitos ambientais. Os materiais vêm de cultivos e manejo agroecológico de floresta. Entre eles o processo de desfibrilação de vegetais e criação de design para a produção do artesanato, dando lugar ao primeiro grupo produtivo de Arawikay em parceria com pessoas externas e dentro do sistema de Economia Solidária.
Distribui em Florianópolis mudas, plantas, verduras e cítricos orgânicos (pequena escala) vinculando-se a indivíduos, comércio ecológico, feiras e sistemas de trocas

Ver www.caminhodapalha.blogspot.com (atualmente este grupo é vinculado diretamente à Rede de Economia Solidária)


2008 - Início do segundo ciclo
Início da procura de parcerias interessadas em Eco-cultura dentro dos conceitos de Arawikay para a realização de cursos: universidades, grupos privados e outras organizações.
- È criado o curso “Arte Orgânica” Conexão entre as linguagens artísticas numa percepção eco-ambiental”, passando de ser vivência a curso extensivo.

- Inicio do segundo ciclo da sede após 7 anos de atuação. Momento orgânico de expansão.
Lança o convite a ser integrante residente do “Anel Ecológico” na vizinhança com aquisição de lotes ou em outras diversas formas de participação a modo de somar forças construtivas e criativas.
- Continuam os programas fixos e outros agendados ciclicamente.

aldeia arawikay 2008